
Biologia molecular do Câncer
Existe forte evidência clínica e experimental de que o papiloma vírus humano (HPV) tem papel central no desenvolvimento e crescimento do câncer cervical. Contudo, também se sabe que a carcinogênese é um processo de múltiplas etapas. Alterações no equilíbrio citogenético ocorrem no momento de transformação do epitélio cervical normal em câncer.
Numerosos estudos apoiam a hipótese de que a infecção por HPV está associada ao desenvolvimento de alterações malignas e pré-malignas do trato genital inferior.
Estudos epidemiológicos das lesões cervicais uterina, nos últimos 20 anos, sugeriram a participação de agentes carcinogênicos venéreos (sêmen, vírus de Eptein-Barr, citomegalovírus, herpes simples tipo II). O HPV surgiu como principal suspeito ao ser encontrado em cerca de 90% dos cânceres cervicais e por possuir oncogenes (E6 e E7) com potencial de transformação.
A educação para a saúde do público em geral através de campanhas de esclarecimento e adesão aos programas de acompanhamento e prevenção, associadas a eficácia destes métodos diagnósticos são as chaves para o sucesso de novas estratégias para combater o câncer cervical. No Brasil, como de resto, nos países emergentes, só se faz prevenção oportunística, que, infelizmente, não altera a curva da mortalidade. Cabe aos governos desses países promover programas permanentes de rastreamento populacional. O câncer de colo uterino deixou de ser um problema médico, na medida em que a ciência propicia todos os meios para a prevenção.
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