O reflexo inato

O reflexo inato

Quando alguém te joga uma bola e você logo se afasta para não ser atingido, ao desviar de um carro que aparece de repente ou quando o médico bate o martelo no joelho do paciente e o músculo da coxa contrai, tudo isso são exemplos de comportamentos reflexos inatos. Todos os atos possuem em comum uma situação: a alteração no ambiente que ocasiona uma alteração no organismo, ou seja, no corpo do indivíduo.

Importantes para a sobrevivência de todas as espécies, os comportamentos reflexos inatos são uma preparação básica dos organismos com o ambiente, assim como as chances para sobreviver. Eles são integrantes do repertório comportamental desde o momento do nascimento, como é o exemplo da criança que mama o dedo ao inseri-lo na boca, mesmo que não lhe tenha ensinado isso.

Reflexo: estímulo e resposta

Como suscitam Moreira e Medeiros (2007), no senso comum o termo reflexo é empregado como um sinônimo de resposta, correspondendo a aquilo que o organismo fez, um belo exemplo é quando dizemos que um goleiro tem um reflexo rápido. Entretanto, no campo da psicologia, o reflexo não condiz àquilo que o indivíduo fez, mas a relação entre o que fez e o que ocorreu antes dele fazer. "Reflexo, portanto, é uma relação entre estímulo e resposta, é um tipo de interação entre um organismo e seu ambiente".

Os termos estímulo e resposta possuem um significado diferentes do que utilizamos na linguagem cotidiana. Sendo que estímulo é uma parte ou mudança em uma parte do ambiente, e a resposta é uma mudança no organismo. "Em termos técnicos, o reflexo é uma relação entre um estímulo e uma resposta na qual o estímulo elicia a resposta" (Moreira; Medeiros, 2007).

De forma prática, na relação entre o ambiente (estímulo) e o organismo (resposta), seria o fogo próximo à mão e a contração da mão. O fogo próximo a mão seria uma mudança no ambiente, que não havia as chamas e agora sim, enquanto a contração do braço é a mudança no organismo produzida pela alteração no ambiente. Neste conjunto falamos do reflexo. 

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Referências:

MOREIRA, Márcio Borges; MEDEIROS, Carlos Augusto de. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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