Acompanhamento terapêutico em grupos

Acompanhamento terapêutico em grupos

O acompanhamento terapêutico é desenvolvido por meio da ampliação da circulação e apropriação de espaços públicos e privados com o objetivo de promover a autonomia e a reinserção social assim como aperfeiçoar a organização subjetiva do paciente. Este tipo de recurso é muito empregado nos estágios de crise aguda, sendo exemplo os períodos crônicos de angústia e estagnação.  

O tratamento é aconselhado para pessoas com um grau intenso de sofrimento psíquico, podendo estar ou não em condições de isolamento ou apresentando dificuldade em manter os projetos pessoas. Portadores de deficiências mental ou física; indivíduos com transtornos mentais e dependência química; crianças, adolescentes e adultos com dificuldade de aprendizagem são alguns dos exemplos de casos que exigem o acompanhamento terapêutico.

A Reforma Psiquiátrica 

Paralelo ao movimento da Reforma Sanitária, nos anos 1970, a Reforma Psiquiátrica Brasileira teve início. Segundo Tenório (2002), ela procura evitar a internação, a deixando como um recurso eventualmente necessário, além de administrar o problema social da loucura, incentivando a reinserção social das pessoas com sofrimento mental.

Nesta década, mais precisamente no dia 23 de dezembro de 2011, foi instituída a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), cujo intuito é atender as pessoas com sofrimento ou transtorno mental, tendo como intenção a criação, ampliação e articulação dos pontos de atenção à saúde para esse público-alvo (Brasil, 2011)>

Assim, segundo Pítia & Furegato (2009), dentro deste universo está o cuidado ampliado, solicitando um olhar mais aguçado aos sintomas e a prescrição de tratamentos, os quais os diferentes profissionais psicossociais (psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, assistentes sociais e médicos) fazem parte e se ocupam da população que carece de atenção, considerando as características do cotidiano, do tempo, do trabalho, do lazer, do ócio, do prazer, dentre outros, potencializando sempre as partes mais sadias e as suas potencialidades. 

O Acompanhamento Terapêutico 

Em meio a esse espaço surge o Acompanhamento Terapêutico. O AT é um modelo de atendimento clínico  qualificado na prática de saídas pelas zonas urbanas ou até mesmo por conviver com outra pessoa que possua dificuldades psicossociais, com a finalidade de auxiliá-la na circulação social, levando em consideração sempre as limitações e o contexto histórico, ressaltam Pítia & Furegato (2009).

Vale salientar que o profissional não toma as decisões pela pessoa, ele apenas apresenta estímulos que podem nortear as soluções de seus conflitos ajudando em sua independência. Assim, a técnica deve continuar até atingir o tempo necessário da sua devida autonomia.

A prática começou na década de 1960, em Porto Alegre, na Clínica Pinel cuja influência teve de um comunidade terapêutica dos Estados Unidos. Depois, expandiu-se para demais regiões do país, como no Rio de Janeiro, no final 1969, na Clínica Villa Pinheiros, e em São Paulo, no final da década de 1970, no Instituto A Casa.

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Referências:

CUNHA, Amanda Candeloro; PIO, Danielle Abdel Massih; RACCIONI, Thaís Munholi. Acompanhamento Terapêutico: Concepções e Possibilidades em Serviços de Saúde Mental. Psicol. cienc. prof.,  Brasília , v. 37, n. 3, p. 638-651, Set. 2017 . Disponível em: . Acesso em: 19 jul. 2019.

FRANCA, Demétrius. Acompanhamento terapêutico de grupo: uma alternativa em saúde mental. Bol. - Acad. Paul. Psicol.,  São Paulo ,  v. 36, n. 91, p. 329-339, jul.  2016 . Disponível em: . Acesso em:  18 jul. 2019.

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