O Acompanhamento Terapêutico na Escola

O Acompanhamento Terapêutico na Escola

O Acompanhamento Terapêutico (AT) tem se tornado ainda mais recorrente nas salas de aula, tanto da iniciativa privada quanto da pública, isso decorrente das iniciativas em propiciar a inclusão e o desenvolvimento das crianças, adolescentes e jovens. Contudo, embora esteja cada vez mais presente, a prática ainda não tem sido debatida e questionada.

"Resumidamente, o acompanhamento terapêutico é uma modalidade de atendimento, cuja proposta é de auxiliar os pacientes que apresentam distúrbios graves e que estão à margem da sociedade, em sua reintegração social", salienta Abbamonte et. al (2013).  

A nomenclatura é atribuída ao se referenciar a aqueles que trabalham nas ruas, fora das instituições e, também, aos que executam a prática na escola. Abbamonte et. al (2013) sublinha que "o empréstimo do termo pode ser entendido pela função que o acompanhante possui em escutar, dar voz e encaminhar, in loco, as construções particulares de cada sujeito para as diversas problemáticas que enfrentam no laço social".

No entanto, dentro do universo educacional, a solicitação pela presença do AT não está totalmente vinculada às questões subjetivas. Geralmente, o acompanhamento terapêutico possibilita com que se possa responder aos atos e educação da criança ainda sem adaptação ao universo escolar e, sem o qual, o corpo docente ainda não sabe lidar.

Como diz Kupfer (2000) apud Abbamonte et al (2014),: "a proposta da Educação Terapêutica é instituir o simbólico no real (…) não é apenas educação em seu sentido clássico, pois não visa moldar a criança ao ideal do eu do educador (…) Este precisa apresentar materiais, sugerir caminhos (…) Ao mesmo tempo, deve escutar o pouco de sujeito que ali por vezes emerge".

Assim sendo, com o acompanhante in loco, no espaço onde são construídos os laços sociais é aberto a possibilidade para as crianças que não fizeram essa construção, estar e permanecer no ambiente escolar. Nesse sentido, o AT é um agente facilitador no processo de escolarização.

Conheça a Especialização em Análise Comportamental Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

Referências:

ABBAMONTE, Renata; RANOYA, Flávia; GAVIOLI, Camille. O Acompanhamento Terapêutico na Inclusão Escolar. 2013 Disponível em. Acesso em: 27 set. 2019.

ANTERIOR PRÓXIMA