Trismo como anomalia causada pela radioterapia

Trismo como anomalia causada pela radioterapia

Tumores na cabeça e/ou pescoço podem, por si só, deixar sequelas mentais e motoras, mas há tratamentos que também podem ocasionar essas anomalias no paciente, como é o caso do trismo causado pela radioterapia. 

 

Como a radioterapia atua no corpo humano?

De acordo com a cartilha do INCA - Instituto Nacional de Câncer, a radioterapia consiste em disparar uma certa energia de radiações ionizantes para destruir as células do tumor e/ou impedir que elas cresçam. Esse tratamento costuma trazer respostas extremamente positivas para o paciente pois, até mesmo quando não é possível a cura, o tratamento proporciona uma grande melhora na qualidade de vida do paciente.

O procedimento é realizado quantas vezes forem necessárias a partir da indicação médica, sendo feita de forma externa ou interna, que são, respectivamente, a teleterapia e a braquiterapia. Na sua forma externa a radiação é emitida por um aparelho que fica a certa distância do paciente, mas direcionado ao local a ser tratado. Esse processo costuma ser feito diariamente durante o tratamento. A braquiterapia pode ser considerada uma técnica mais invasiva, os aplicadores são colocados pelo próprio médico em contato com o local a ser tratado, e a radiação é emitida através desses aplicadores. O procedimento é feito de uma a duas vezes por semana no ambulatório e pode necessitar de anestesia.

Ambas as técnicas emitem radiação, que ao atingir os tecidos dão origem a elétrons capazes de criar efeitos químicos como a liberação de radicais livres e rompem o DNA , ocasionando morte celular, inativando o sistema vital dessas células promovendo a perda de sua capacidade de reprodução.

Essa mutação no DNA aliado as possíveis queimaduras que podem vir a ocorrer nos tecidos, promovem um efeito colateral caracterizado pelo endurecimento dos tecidos que é denominado como fibrose, o que ocasiona o trismo.

 

Limitação na abertura bucal: Trismo

A doença em questão, trata-se de uma anomalia que diminui a abertura bucal, considerado tanto como um efeito agudo quanto um efeito tardio do tratamento antineoplásico, provocado muitas vezes pela radioterapia, podendo ocasionar alterações na nutrição do paciente devido a dificuldade de se alimentar, além de  distúrbios na fala, dificuldade de higienização oral, transtornos em tratamentos odontológicos e até impossibilidade de intubação orotraqueal, onde se faça necessário. Sendo assim, trata-se de um tratamento complexo em que são envolvidas várias áreas da saúde além do problema inicial que provocou a necessidade da radioterapia.

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