Os Fitoterápicos Brasileiros

Os Fitoterápicos Brasileiros

O emprego de plantas medicinais está presente na sociedade desde meados de 2.600 a.C. quando, na Mesopotâmia, comunidades e grupos étnicos as aplicavam no tratamento de enfermidades, tais como tosse, febre e inflamação. Tão antigo quanto a espécie humana, a sua aplicabilidade permanece e passa a ser objeto de estudo.

Considerando a carência de muitos países em investir em saúde pública, principalmente os menos desenvolvidos, destaca-se a importância da fitoterapia. No cenário brasileiro, a forma de terapia tem marcado um crescimento considerável, ainda que em menor proporção. 

A legislação (Portaria 06/95 ANVISA) define fitoterápico como "todo medicamento tecnicamente obtido e elaborado, empregando-se, exclusivamente, matérias primas ativas vegetais com a finalidade profilática, curativa ou para fins de diagnóstico, com benefício para o usuário. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade; é o produto final acabado, embalado e rotulado. Na sua preparação podem ser utilizados adjuvantes farmacêuticos permitidos pela legislação vigente. Não podem estar incluídas substâncias ativas de outras origens, não sendo considerado produto fitoterápico quaisquer substâncias ativas, ainda que de origem vegetal, isoladas ou mesmo suas misturas." (BRASIL, 1995).

E o estímulo de sua utilização possui como intuito prevenir, curar ou amenizar os sintomas de doenças, permitindo um custo mais acessível às pessoas e a iniciativa pública, se comparados com demais produtos de síntese química, isso decorrente das patentes tecnológicas envolvidas.

Segundo Yunes et al (2000) apud Oliveira et al (2006), "o mercado mundial movimenta em torno de 22 bilhões de dólares no qual o Brasil representa apenas cerca de 23%". [...] "As estimativas nacionais apontam que 82% da população brasileira utiliza produtos à base de ervas, e o setor  fitoterápico conta com duzentas empresas e movimenta um bilhão de reais em toda sua cadeia produtiva e emprega mais de cem mil pessoas no país".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem propiciado incentivos a aplicabilidade de plantas medicinais, mediante a Resolução WHA 31.33 (1978) e 40.33 (1987), que validam a relevância delas nos cuidados com a saúde, recomendando a criação de programas globais visando identificar, validar, preparar, cultivar e conservar as plantas medicinais, assim como assegurar o controle dos fitoterápicos. O Ministério da Saúde também baixou Diretrizes e Prioridades de Investigação em Saúde (Portaria 212, de 11/09/1981), incluindo as plantas medicinais.

Especialize-se em Terapia Ortomolecular e Fitoterápica "Ênfase na Prática Clínica". 

Referências:

OLIVEIRA, Andrezza Beatriz; LONGHI, Joy Ganem; ANDRADE, Cláudia Alexandra; MIGUEL, Obdúlio Gomes; MIGUEL, Marilis Dallarm. A Normatização dos Fitoterápicos no Brasil. Biblioteca Digital de Periódicos da UFPR, v.7,n.2, 2006. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/9042. Acesso em: 03 out. 2019.

 

ANTERIOR PRÓXIMA