Já parou para pensar que desde que nascemos estamos aprendendo? Seja o nome da mãe e do pai, as cores, os alimentos, as brincadeiras e tantas coisas mais. Após um tempo, o repertório é tão completo que produzimos até construções verbais novas, aquelas que não foram diretamente treinadas. Assim, o indivíduo pode, também, combinar o que já sabia com as nomenclaturas novas, destacando apenas um dos diversos elementos da complexidade envolta no estudo do comportamento verbal.

Entretanto, ainda que complexo o comportamento verbal pode ser compreendido a partir da análise funcional. Em suma, esse tipo de análise consiste na compreensão e explicitação das interações existentes entre os eventos comportamentais e os seus antecedentes e os consequentes. Portanto, o repertório verbal é comportamental e a sua aquisição, permanência e extinção seguem os critérios dos outros repertórios operantes.

O estudo 

Skinner (1957/1978) é um dos maiores contribuintes na construção da ciência do comportamento, isso sob a perspectiva de estudo do comportamento verbal como comportamento operante, transpondo para o campo da análise funcional. E apesar de sua obra "Comportamento Verbal" não ter sido popularizada no período de lançamento, nos anos 1957, é uma das maiores referências nas pesquisas. 

As maiores críticas a literatura estão interligadas ao fato de necessitar a obtenção dos dados empíricos para a aceitação de seus conceitos e princípios. E, de certa forma, contrariando o seu teor experimentalista, por discutir o comportamento verbal diante de estudos experimentais espelhados nos dados coletados e controlados, Skinner não deu privilégio a discussão em sua obra. 

No entanto, os conceitos aplicados pelo autor são postos à prova na prática teórico-explicativa e na pesquisa experimental, tornando-se úteis na análise de comportamentos de alta complexidade. De qualquer modo, a abordagem simplista de Skinner não resultou na simplificação inadequada do comportamento verbal. 

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