Instalações Elétricas: Diferentes patologias
O estudo da eletricidade começou na Grécia Antiga, no século VI a.C, ao filósofo Thales de Mileto esfregar uma pedra de âmbar com a pele e lã de animais e ocasionar na atração de objetos leves, como é o caso de palhas e penas. A partir de então, outros pesquisadores passaram a estudar as propriedades da eletricidade.
No cenário brasileiro, o emprego da eletricidade ocorreu paralelamente aos países da Europa e dos Estados Unidos, foi no ano de 1879 diante da iluminação da estrada de ferro D. Pedro II, no Rio de Janeiro. Já nos dias atuais, as instalações elétricas tem se tornado mais presentes, anexando equipamentos ao cotidiano familiar e elevando a demanda de carga local, consequentemente solicitando do governo o investimento em geração e distribuição de energia.
Anexo a isto, a ausência ou a manutenção desapropriada das instalações elétricas, assim como o uso divergente ao projeto e a recomendação dos seus fabricantes acarreta no aparecimento de patologias, como é o caso da queda de disjuntores, descarga elétricas, dentre tantas outras que trazemos como exemplo.
1 - Patologia devido ao Uso
O uso inapropriado das edificações tem ocasionado uma série de acidentes, principalmente incêndios. Sem conhecer, os usuários acabam sobrecarregando os circuitos, ligando vários aparelhos eletrônicos em um mesmo ponto elétrico e, por consequência, gerando um aquecimento da fiação elétrica e aumentando as chances de incêndio. Mais um exemplo é a sobrecarga nos circuitos e as famosas "gambiarras" ou "gatos".
2 - Execução Inadequad
Segundo Nascimento (2014), procurando economizar na etapa da execução do projeto elétrico, as construtoras tem dispensado um profissional habilitado para supervisionar o trabalho de execução das instalações elétricas, sendo o caso da emenda de fiações elétricas, por exemplo, que devia ser executadas em caixas (NBR 5410).
Junto com isso tem também o emprego de baixa qualificação na mão de obra da construção civil, o que compromete a qualidade das instalações e gera riscos para o usuário da edificação.
3 - Falhas de Projeto
Durante a fase de execução de projetos, a falta de conhecimento ou de experiência diante das normas técnicas inerentes às instalações elétricas pode ocasionar na realização ineficaz do dimensionamento do sistema por parte dos projetistas, acarretando em patologias na edificação, o que acaba gerando custos para corrigi-los.
Alguns exemplos recorrentes de falhas no projeto são o dimensionamento incorreto de bitolas de cabos, falta de dispositivo DR em quadros elétricos e falta de detalhamento do projeto para execução.
4 - Qualidade dos Materiais
Com o intuito de reduzir os custos das obras, as construtoras recorrem a materiais de qualidade duvidosa, sendo em alguns momentos até desalinhados com as normas regulamentadoras, o que ocasiona em patologias e necessidade de maiores reparos no decorrer da vida útil do empreendimento, decorrente da baixa qualidade dos materiais utilizados na execução das instalações elétricas. Um exemplo disso são as caixas e condutos de PVC.
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Referências:
NASCIMENTO, Rogério Edison. Patologia das construções devido ao tempo de uso: ênfase em instalações. Disponível em:
