Citologia Inflamatória

Citologia Inflamatória

Em diferentes momentos da vida, as pessoas precisam de cuidados com o corpo. Ao iniciar a vida sexual, tanto o homem quanto a mulher necessita ter um olhar ainda mais criterioso para a sua saúde íntima. Isso se dá, primeiramente, por meio de consulta ao ginecologista e urologista, fazendo as devidas avaliações prévias. 

No caso feminino, o Papanicolau é o principal meio preventivo do câncer de colo de útero, além de outras inflamações. Um tipo de exame relativamente barato e de fácil execução, o papanicolau objetiva visualizar a situação da saúde íntima da mulher. Segundo o INCA (instituto Nacional do Câncer), o exame deve ser ofertado às mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos ou àquelas que já possuem atividade sexual (BRASIL, 2011). 

A citologia favorece o reconhecimento e a avaliação da intensidade dos processos inflamatórios no trato genital e, em certos casos, estabelece a natureza do agente causal. Segundo Lima (2012), as causas abarcam trauma, substâncias tóxicas, diminuição ou interrupção do fluxo sanguíneo, agentes físicos (calor e irradiação), além de microorganismos patógenos. As características citológicas relacionadas à inflamação são:

Tipo e intensidade do exsudato: Representado sob o predomínio de leucócitos polimorfonucleares neutrófilos e piócitos nos processos inflamatórios agudos. Em processos inflamatórios crônicos é constante os linfócitos, plasmócitos e histiócitos. Quando os neutrófilos e piócitos recobrem grandes áreas da amostra se sobrepondo às células epiteliais, podem tornar a amostra insatisfatória para avaliação, ficando inviável o estudo oncológico.

Alteração do padrão celular: Modificações do tipo celular predominante no esfregaço, esperado para a faixa etária do paciente. 

Degeneração e necrose celular: Nos processos inflamatórios é possível identificar alterações celulares (citoplasmáticas e nucleares). "No citoplasma incluem vacuolização, halos perinucleares, anfofilia, pseudoeosinofilia, limites citoplasmáticos mal definidos, entre outros" (LIMA, 2012).

Alterações reativas: "Incluem hipercromasia, espessamento uniforme da borda nuclear, cromatina com granulação mais grossa, nucléolo às vezes proeminente, especialmente nas células endocervicais, e bi ou multinucleação também mais comum nas células endocervicais" (LIMA, 2012).

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Referências:

Lima, Daisy Nunes de Oliveira. Atlas de citopatologia ginecológica. Brasília: Ministério da Saúde; CEPESC: Rio de Janeiro, 2012. 204p.

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